O vento

O vento...


O vento soprava enquanto eu ia

Por caminhos tortuosos descia

No peito um coração que sofria

Mesmo assim minha alma sorria



Ser a brisa suave ele queria

Mas a pele na face enrijecia

O vento soprava enquanto eu ia

Ver onde o horizonte se perdia


Além do mar que se encolhia

Vou voar e me perder no céu um dia

Entre os anjos sei que me envolveria

Jamais provar a dor que me consumia

O vento soprava enquanto eu ia



domingo, 2 de maio de 2010

Vem ver o Sol...

Tarde de sol, a sensação revigorante do calor nos favorece até devaneios filosóficos existenciais. George Harrison cantou em Here Comes The Sun:” Sol,sol,sol, aqui ele vem?” imortalizando no verso “Os sorrisos voltaram aos rostos” como a presença do astro rei em nossas vidas altera o humor.
Mas dentro da dualidade que rege o universo que nos cerca, o excesso é extremamente prejudicial ao equilíbrio,
e longas estiagens alteram o processo natural, imploramos umidade que nos refresca e harmoniza.
As variantes que esta reflexão propicia apontam na personalidade humana todas estas alterações que a natureza realiza no rito eterno entre o dia e a noite. Mutáveis é o que somos, e das questões que me motivam reside nesta intangível capacidade de doação de alguns seres tachados muitas vezes de lunáticos, doidos, para os perdidos, os artistas, arautos da metamorfose humana, um salve pro Raul, possuem esta ferramenta a renúncia a serviço do espírito humano, entregam-se a uma luta feroz em muitas situações contra eles mesmos, contra suas fraquezas para seguir em frente desbravando, avançando, ampliando em todos os campos do gênero humano.
Agora é noite, e as preocupações que ela traz ocupam o pensamento, temos dentro das nossas trajetórias costumes desenvolvidos a partir das experiências temos então reações diferentes ao meio em que estamos.
Lembro a música e a memória pulsa com: “Sempre nesta dança sem sentido a vanguarda e o retrocesso”, avanço no escuro, rumo à madrugada, a mente vai percorrendo seu caminho provocando reações em todo corpo até o repouso, logo é manhã e a jornada recomeça, e a dança..., liberdade, revolução, transformar a vida a sociedade, não parece muita presunção um ser tão limitado acreditar que pode realmente alterar o rumo da história que através da expressão influencie transmita pela arte todos os sinais. Na verdade poder passar estas minhas inquietações sinceras é impulsionado pela esperança de que em alguém reverbere a energia, retorne avance, retroalimente e permita acreditar que existe riqueza no simples, beleza no singelo exercício de ouvir a si mesmo, mas sem nenhum tipo de intervenção este diálogo interior tem por necessidade como enfatizou Allen Ginsberg de valores nus, ou seja desprovido na medida do possível de toda e qualquer influencia. A arte esta presente desde que se tem noticia de vida na Terra, alimentamos o subjetivo para delinear o objetivo, então me permitam invocar Neal com: ”Não deixe passar mais nenhum dia na sua vida sem um toque mágico, mude seu comportamento”.
Uma boa semana a todos

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